foto: Clube da Luluzinha Brasileira
Eu estou em “dromus”, que posso traduzir como estou em marcha, em curso.
Antes de iniciar meu estudo na Inglaterra sobre dramaturgia fiz uma escala na Suíça para visitar uma amiga brasileira, que não é prostituta.
Explico: assim como no século passado as polacas, que entravam no Brasil, faziam da prostituição profissão, o mesmo acontece aqui com boa parte das brasileiras. Vindas ou trazidas, as brasileiras tipo exportação, oferecem “o que há de melhor no Brasil”, nosso calor humano, que aqui pode ser traduzido de várias formas. Depois de algum tempo algumas conseguem a tão sonhada promoção, casam-se com suíços. Isto proporciona status aqui e no Brasil.
Quando falava da minha viagem à Europa, ouvia frequentemente: “boa sorte. Quem sabe você consiga um inglês para casar”.
Quando o que eu queria ouvir era: “bom trabalho, que as portas se abram ainda mais”.
Quando viajava para o nordeste nunca ninguém me desejou: “se acaba lá, e volta casada com algum moreno delícia”.
Talvez porque um nativo não seja um bom negócio, não me daria um futuro decente. Já um gringo é a garantia da terra prometida, a salvação para uma mulher latino americana, sem falar que o casamento é o melhor investimento que uma mulher pode fazer. Os preconceitos que eles têm sobre nós, talvez sejam os mesmos que nós temos e sob os quais construímos nossa própria imagem.
Ao entrar na Suíça, embora tenha sido muito bem tratada, apresentei carta convite dos meus amigos que moram aqui, disse quanto tempo ficaria...Inspeção de rotina. Perguntei ao simpático moço, que deve ser da imigração, se sempre era assim com brasileiros, e ele com um sorriso amável respondeu balançando a cabeça afirmativamente.
HA TA n'e!!! a tua amiga da Sui'ca 'e minha prima!! ( casada com meu primo Andr'e )
ReplyDeleteq mundinho..
bjos