Wednesday 27 August 2008

O que não pode faltar na mala


A viagem começou. Muitas coisas novas e diferentes. Descubro a parcialidade do meu olhar. Essa descoberta me inibi. Falar sobre o desconhecido é infinitamente mais perigoso do que viver o desconhecido. Exige muito mais responsabilidade, exige respeito com a outra cultura. O ¨eu acho¨ , em qualquer situação é uma expressão delicada, em ¨universos paralelos¨ pode ser uma afronta diplomática.
O que o viajante deve saber é que não existe certo ou errado, mas que o diferente está em toda parte. Comparações do que se vê em relação ao que se vivia perdem o sentido na metade da frase. O histórico é outro, o continente é outro, o clima é outro. O viajante mais atento pode observar a Lei de Darwin se processando. Por todos os lados a espécie se protegendo, tentando uma evolução. No entanto o que se entende por ¨espécie¨ varia de pessoa para pessoa: para uns sãos os animais, para outros todos os seres vivos, outros defendem que a espécie é a família e há ainda os que acreditam que preservar a espécie é salvar a própria pele. Evolução da espécie também pode ser compreendida de várias maneiras, desde desenvolver as potencialidades humanas até comprar o carro do ano.
O viajante que saiu com uma mochila nas costas mas deseja voltar com algumas malas para casa sabe que no câmbio mundial a moema que mais vale é a escuta.
Deixe todas as certezas em casa.
A dúvida será seu melhor guia.

1 comment:

  1. O viajante...aprende e nunca deixar de parender!

    Seus olhos são os os quadros da educação que retornará junto pra sua origem!

    ReplyDelete