Monday, 9 August 2010

Mês de Duna: Londres

Quem é de ar
ao ar deve voltar
vento sopra duna
duna se deixa levar.

Assim posso definir o mês de julho.
De um extremo ao outro do Atlântico.

E o mês começa em terras estrangeiras.
Primeira parada: Convent Garden.



Artista na rua não existe se não considerar como seu parceiro de cena o público. Não há virtuosismo que resista. Tem que respirar junto.



Na rua o show não é de ninguém, é como o próprio espaço, de todo mundo.




E o que fui ver por lá: rua. E na rua tinha Brasil também. Um festival inteiro dedicado à terra tupi. E a terra tupi é afro, também.



Em southbank este era o ritmo, acompanhado com caipirinha de pepino. Há certas coisas que é melhor manter a tradição. Limão e pinga, please!!!!

PAUSA ESTRATÉGICA PARA O FUTEBOL - o tal do ópio do povo
COPA 2010 (a próxima é na nossa casa)


Pui para bem longe ver o Brasil perder. Que bom que não ouvi a nação se calar, porque quando ela está distante, bem distante, ela reage no grito. Senhoras, saiam da sala, pois as cenas a seguir são fortes. As mocinhas do vídeo não estão para brincadeira. Pense em juntar as torcidas cariocas e paulistanas em um mesmo recinto. Dá nisso:


Old Street/London

Uma colega diz que fará um livro com o seguinte título: o poder libertador do impropério (ou palavrão). Em minhas pequisas, descobri que impropério são também os cânticos religiosos executados na Semana Santa, ou seja...Viva a Língua Portuguesa!

"s.m. Palavra grande e de pronúncia difícil.
Palavra obscena, grosseira, pornográfica; palavrada."


Aqui a origem de algumas das palavras grandes citadas no vídeo

Vai tomar no cu*
O tabu da homossexualidade gerou essa expressão, que significa, literalmente, mandar alguém se submeter ao sexo anal! Que bunitinho ficou essa explicação hein? Rs! A palavra ca, ce, ci, co, cú vem do termo latino culus, usado para se referir ao ânus ou ao traseiro! Ou seja, tomar algo no seu traseiro!



Old Street/London

Caralho!*
Diz-se dos mais altos mastros das caravelas. Os portugueses chamavam esses mastros de “caralho”. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original. Hoje em dia, acabou se tornando um palavrão usada como sinônimo de pênis, como interjeição de espanto ou intensificação de alguma expressão!


Abri esse parêntesis sobre o palavrão, porque no "mês duna - Fortaleza" aconteceu um fato curioso, tendo como protagonistas as "tais palavras feias".

Na comunicação com surdos, é tão importante a forma como você diz algo quanto o que é dito. O que é dito pode muitas vezes perder o sentido, mudar de sentindo, variar o sentindo, dependendo de onde, quando e com quem você se comunicada.

Estando de passagem é muito importante lembrar disso.

Ser chamado de esquisito em espanhol não é um problema.

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*a explicação dos impropérios em itálico foram retirados do site
http://curiosidadesonline.wordpress.com/2009/01/31/curiosidade-origem-dos-palavroes/
tal e qual lá estão.
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VOLTANDO AO ESPETÁCULO...

Sendo na rua ou não, temos que considerar o futebol como algo mais do que um simples esporte.

Futebol é celebração, é catártico, é o espetáculo das multidões. Gostando ou não, você deve admitir que é pura arte. Tem que ter disciplina, técnica, domínio e ele fica lindo mesmo quando acrescenta-se mais dois ingredientes, paixão e criatividade.

Não é necessário dinheiro para se destacar nos campos, é suar a camisa mesmo. Antes de vender a imagem de que jogadores são "estrelas", e é no que muitos acabam se tornando, interessante é revelar todo o caminho que é necessário percorrer. Algo que acontece nos esportes em geral.

Injusto responsabilizar tudo que nos dá algum tipo de prazer pelas mazelas do mundo. A desigualdade existe não pelo que é socializado, mas pelo que não é.

Viva o espetáculo de rua, viva o futebol.



Dia do primeiro jogo do Brasil na Copa
Pedreira/Periferia-SP

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