Em 2009, quando convidada a escrever sobre a cidade de São Paulo, fiz uma releitura da "Iracema" de José de Alencar. Em síntese a cena fala sobre imigração e prostituição, estimulada por uma das "observações" do Marcelo, um dos atores. A nossa Iracema paulistana transita na Estação da Luz. Abaixo trecho do ensaio
CONTOS DE FODA NA NOITE
Mas o que Iracema tem haver com prostituição?
Quase um ano depois, a trabalho, fui parar em Fortaleza e fiquei hospedada na praia de Iracema. Intuição ou projeção? Não sei. Só sei que lá estava. E Pela janela do meu flat via a paisagem.
Qual foi mesmo a pergunta?
- O que Iracema tem haver com prostituição?
A Iracema, de José de Alencar, nada. Mas esta Iracema, atual e estilizada é a passarela onde o show de horrores da prostituição infantil desfila.
Meninas alimentando a miséria de homens "desarmonizados". Homens alimentando a miséria institucionilizada das pequenas e suas famílias.
alguma coisa está fora da ordem em Iracema, no planeta, dentro e fora de cada um de nós.
Iracema e Martin - beira mar (versão José de Alencar)
Monday, 23 August 2010
Friday, 20 August 2010
Três dias de dramaturgia em Fortaleza
Olha o sol!!!!
Bom dia!!!
Adoro acordar cedo para:
- ficar ouvindo o som dos pássaros enquanto espreguiço na cama;
- andar de pijama na casa por alguns minutos antes de me trocar;
- tomar café sem pressa, enquanto meus sentidos vão sendo despertados;
- ter tempo de escolher a roupa certa para a temperatura do dia...
mas não acordo cedo para:
- pensar.
Taí uma atividade que não combina com a minha manhã, especialmente se ela é ensolarada, especialmente quando estou no nordeste.
Se eu pudesse planejar o dia seria:
manhã: café da manhã e praia (para tirar a cor bege escritório de São Paulo)
tarde: oficina de dramaturgia e praia (para produzir vitamina D)
noite: mostra competitiva e praia - porque ninguém é de ferro e a lua estava linda. (ahahah)
Mas, devido à grade do Festival, por três dias seguidos tive que acordar cedo para pensar. A oficina de dramaturgia começava às 8h00 da manhã. No entanto, lembrando que os animais que se adaptam tem mais chances de sobreviver, o lema da manhã foi : BOM DIA!!!! ; )
Brincadeiras à parte e considerando o mundo em que vivemos, onde somos "arrebatados" por informações de toda ordem antes mesmo de conseguirmos dar o primeiro bocejo do dia, foi muito bom iniciar a oficina às 8 da manhã.
Nesses três dias, as pessoas chegaram à Vila das Artes (local onde aconteceram os encontros) ainda sonolentas, desacordadas e, antes mesmo que pudessem ter consciência plena de seus movimentos, eram recebidas com DRAMATURGIA. Durante o workshop acordamos juntos. E acordar junto significa começar na mesma sintonia, quando a relação está dando certo, é claro!!! (e estava)
No primeiro dia um exercício básico : ESCUTA
Porque para a relação continuar com uma boa sintonia a escuta é um elemento básico e fundamental, e para a cena funcionar também!
No segundo dia a proposta foi "descondicionar o olhar". Partimos das imagens abaixo e da observação da rua. O objetivo: inspirar-se nos dois elementos para criar uma proposta de cena.
A idéia não era reproduzir ou interpretar as imagens, mas utiliza-las como estímulo, apenas um ponto de partida. E sem maiores explicações, com apenas alguns minutos de elaboração, aqui as propostas que foram apresentadas pelos três núcleos criados:
O último grupo decidiu usar a rua também como cenário e não apenas como estímulo. Na primeira apresentação experimentaram o teatro invisível. Já no terceiro e último dia de encontro, refizemos e tentamos discutir as cenas sob a perspectiva da dramaturgia, o que foi muito difícil, pois a turma era formada em sua grande maioria por atores e diretores. O grupo saiu novamente à rua e ela foi usada como dramaturgia. Não houve uma tentativa de fazer com que os outros acreditassem que o que estavam vendo era real. O que penso ser muito mais interessante. Interessante observar como a "platéia" entra no jogo sabendo que é teatro.
Observem o rapaz do bar. No primeiro dia ele não sabia o que estava acontecendo. No segundo dia, ele assume a personagem dele mesmo.
Apenas três dias de trabalho, mas o suficiente para suscitar o diálogo.
Não importa se é um breve período , ele vale pela intensidade. Nem tudo está de passagem.
Bom dia!!!
Adoro acordar cedo para:
- ficar ouvindo o som dos pássaros enquanto espreguiço na cama;
- andar de pijama na casa por alguns minutos antes de me trocar;
- tomar café sem pressa, enquanto meus sentidos vão sendo despertados;
- ter tempo de escolher a roupa certa para a temperatura do dia...
mas não acordo cedo para:
- pensar.
Taí uma atividade que não combina com a minha manhã, especialmente se ela é ensolarada, especialmente quando estou no nordeste.
Se eu pudesse planejar o dia seria:
manhã: café da manhã e praia (para tirar a cor bege escritório de São Paulo)
tarde: oficina de dramaturgia e praia (para produzir vitamina D)
noite: mostra competitiva e praia - porque ninguém é de ferro e a lua estava linda. (ahahah)
Mas, devido à grade do Festival, por três dias seguidos tive que acordar cedo para pensar. A oficina de dramaturgia começava às 8h00 da manhã. No entanto, lembrando que os animais que se adaptam tem mais chances de sobreviver, o lema da manhã foi : BOM DIA!!!! ; )
Brincadeiras à parte e considerando o mundo em que vivemos, onde somos "arrebatados" por informações de toda ordem antes mesmo de conseguirmos dar o primeiro bocejo do dia, foi muito bom iniciar a oficina às 8 da manhã.
Nesses três dias, as pessoas chegaram à Vila das Artes (local onde aconteceram os encontros) ainda sonolentas, desacordadas e, antes mesmo que pudessem ter consciência plena de seus movimentos, eram recebidas com DRAMATURGIA. Durante o workshop acordamos juntos. E acordar junto significa começar na mesma sintonia, quando a relação está dando certo, é claro!!! (e estava)
No primeiro dia um exercício básico : ESCUTA
Porque para a relação continuar com uma boa sintonia a escuta é um elemento básico e fundamental, e para a cena funcionar também!
No segundo dia a proposta foi "descondicionar o olhar". Partimos das imagens abaixo e da observação da rua. O objetivo: inspirar-se nos dois elementos para criar uma proposta de cena.
A idéia não era reproduzir ou interpretar as imagens, mas utiliza-las como estímulo, apenas um ponto de partida. E sem maiores explicações, com apenas alguns minutos de elaboração, aqui as propostas que foram apresentadas pelos três núcleos criados:
O último grupo decidiu usar a rua também como cenário e não apenas como estímulo. Na primeira apresentação experimentaram o teatro invisível. Já no terceiro e último dia de encontro, refizemos e tentamos discutir as cenas sob a perspectiva da dramaturgia, o que foi muito difícil, pois a turma era formada em sua grande maioria por atores e diretores. O grupo saiu novamente à rua e ela foi usada como dramaturgia. Não houve uma tentativa de fazer com que os outros acreditassem que o que estavam vendo era real. O que penso ser muito mais interessante. Interessante observar como a "platéia" entra no jogo sabendo que é teatro.
Observem o rapaz do bar. No primeiro dia ele não sabia o que estava acontecendo. No segundo dia, ele assume a personagem dele mesmo.
Apenas três dias de trabalho, mas o suficiente para suscitar o diálogo.
Não importa se é um breve período , ele vale pela intensidade. Nem tudo está de passagem.
Wednesday, 11 August 2010
Mês de Duna: Fortaleza
Tentarei relatar minha experiência nos dez dias de FECTA (Festival de Esquetes da Cia. Teatral Acontece). Impressões gerais da viagem.
Começando pela saída, ainda em São Paulo. Aeroporto de Congonhas. Observem a cara de cansaço no rosto do ser humano e o cabelo naturalmente desgrenhado.
Chego às 3 da manhã no hotel e sou acordada às 7 e alguma coisa, da seguinte forma:
Telefone toca, toca, toca....
Jhaíra (eu) levanta atordoada, tenta encontrar a saída do quarto, mas se depara com uma porta na frente. Tem um lampejo de consciência, algo lhe diz que se abrir os olhos ficará tudo mais fácil. Ela o faz.
Depois de alguns tropeços, atender a luminária e em seguida o telefone, ouve a voz do outro lado da linha:
- Bom dia, seja bem vinda à Fortaleza!!!
Acostumada a acordar de muito bom humor, como se as baterias da Mangueira, Portela e Gaviões tocassem para ela acordar "diga espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu?", se deu conta que nenhuma dessas escolas tocava naquela manhã. Na verdade só desejava dormir mais um pouco. A voz do outro lado da linha continua:
- Você vai participar do cortejo?
- Claro! Quero muito ver a abertura. - ela responde.
- Passaremos aí para pega-la às 8.
- Da noite?
- Não!!!! Da manhã!!!! Estaremos aí daqui a pouco!!!!!!!!!!!!
tum tum tum tum
Note que cada exclamação representa o nível crescente de energia do meu interlocutor.
- Tá então, né. (pensando em voz alta. Tem o hábito de falar sozinha, mas neste caso era só pensamento mesmo)
Ah!!!!! Tudo entendido. O motivo da ligação era o Cortejo, que eu não queria perder por nada. E esse foi o meu primeiro contato com o diretor do festival, Sr. Almeida Junior, que protagonizará outras cenas desta viagem.
Abaixo a concentração do cortejo de abertura no Teatro José de Alencar.
Que presente!!!! O sol brilhava majestoso e quente!!!! Certamente!!
Sim, eu acordara. Em outro estado, praticamente outro país. É essa a sensação que tenho quanto vou de um extremo ao outro do Brasil. Um continente sob o símbolo de uma mesma bandeira que declara "ordem e progresso". Sem maiores divagações, prossigo...
Como disse, fui acordada "minutos" depois de me deitar (toda pessoa cansada tem a tendência a exagerar os fatos), portanto não tive tempo de recarregar a bateria da máquina, então colocarei aqui algo que podemos literalmente chamar de flashes do cortejo.
que melhor idéia para promover o teatro que o próprio fazer teatral? Sair às ruas apresentando os artistas que estarão no festival é um recurso simples e eficaz. Para que complicar?
O cortejo inaugura as atividades do FECTA, que além das mostras paralela e competitiva, oferece workshops (entre eles, um de dramaturgia ministrado por mim) e encontros para discutir temas pertinentes à área. Mas a noite do dia 21 é livre, então nossos anfitriões preparam uma pequena programação para os "turistas" de São Paulo e Pernambuco, aproveitando para apresentar a cidade.
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Parada no Sesc Iracema, com literatura de cordel. Adoro!!!!
Literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
para saber mais pesquise (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_Cordel)
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22.07 - manhã
I Encontro de realizadores de Festival de Esquetes
O mediador da mesa foi Fernando Lyra, conceituado escritor de Fortaleza e presença garantida nos festivais da cidade, através de seus textos. Ele traça um panorama desses festivais e sua importância para os artistas e público.
Muito interessante a explanação, e revela uma realidade bem distinta da cidade de São Paulo.
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OUTRA PARADA
Pela janela do meu Flat
A apresentação das cenas começa dia 23, logo, temos mais uma noite de turista. Antes de sair, fica o registro da noite linda. Lua cheia.
Próxima parada: Teatro José de Alencar.
A equipe do festival nos leva para assistir "Engenharia Erótica" do grupo Parque de Teatro, que tem a direção de Silvério Pereira, também ator no espetáculo.
A peça revela o universo das travestis assim como ele nos parece: com muito humor e ao mesmo tempo cruel. As cenas são construídas para levar a platéia ao riso e, sem aviso,a cena que segue esgarça a gargalhada até o completo silêncio. A realidade é mostrada sem maquiagem. Belas interpretações. Se for à Fortaleza procure, ou espere-os em sua cidade.
Aqui alguns trechos...
A arquitetura do teatro José de Alencar é um espetáculo à parte. Embora o público tenha ficado no palco, na saída pude registrar alguns detalhes, como essas cadeiras
******
os vitrais da entrada revelam o colorido digno de uma cidade solar.
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23.07 - Abertura da mostra competitiva
30.07 - Ultimo dia de apresentação.
Início efetivo dos trabalhos.
Fui convidada para ministrar um workshop de dramaturgia e compor o juri da mostra competitiva (juntamente com Herê Aquino e Walden Luiz).
Meus companheiros de juri, que já participaram de outras edições do Fecta e de outros festivais de igual formato, revelam tranquilidade. Eu também, como boa atriz que sou. : )
Não é fácil estar na posição de quem analisa. É colocar a paixão de lado, em alguns momentos, e deixar prevalecer o olhar técnico. Ter clareza que estamos avaliando aquele momento, aquela apresentação. Não acredito nos títulos "melhor ator", "melhor atriz", "melhor isso ou aquilo". Vejo o interprete dialogando com suas escolhas e com o público, a partir dessa relação posso opinar. E a escolha não é pelos melhores em si, mas em relação.
Logo, aqui registro apenas as considerações gerais, uma vez que as considerações individuais foram dadas no encerramento de cada noite.
Como diria uma amiga gaúcha "fiquei de cara" com a seriedade dos artistas participantes do Fecta. Em geral, o tempo limite por cena foi respeitado; o cuidado com a parte técnica, mesmo em condições desfavoráveis foi buscado e o envolvimento foi ímpar.
As cenas revelaram que o território é dominado pelo autor, pelo texto, e nem por isso os intérpretes deixaram de imprimir sua marca e/ou personalidade à elas, muito pelo contrário. Podemos chamar também de processo colaborativo quando um ator tem domínio do seu ofício e colabora com o autor não destruindo o texto. E quando igualmente, o autor oferece ao intérprete um texto de possibilidades.
Interessante notar a pluralidade: no discurso, no gênero, na estética. O que chega ao sudeste do Ceará, em geral, são os humoristas, a comicidade. O que vi em Fortaleza foi algo muito diferente disso, e o que é melhor, não tentando ser igual aos outros. Vi um teatro vivo, onde há espaços e onde há espaços há respiro.
Foi muito bom poder respirar em Fortaleza por alguns dias. Pouco tempo para traçar um panorama fiel do fazer teatral dali, mas o suficiente para respeitar e desejar ver mais.
No que concerne à produção/organização do Fecta não tenho palavras. Até o improvável esta produção foi capaz de produzir, como por exemplo, tirar da cartola energéticos para os jurados. Cena de cinema!!!! Alice no país da maravilhas : )
(Raíssa, Sara, Deia,Luis,Almeida, Renê, Anderson, Felício, Elienai e Ivens)
PARABÉNS grupo teatral Acontece!
eles são "gente que faz...gostoso!!!" (Almeida e Felício)
Antes de encerrar é preciso falar do público. Lotação do teatro: casa cheia todos os dias. Uma platéia entusiasmada. Claro que é preciso lembrar que ela é formada em boa parte pelas "torcidas organizadas" de pais, amigos, vizinhos...Herê ratificou esse acontecimento dizendo que em geral, as salas estão cheias em qualquer dia da semana. Em todas as apresentações que fui, fora do festival, pude constatar o mesmo.
Um episódio que me chamou atenção também teve o público como protagonista. Um casal se retirou de uma das apresentações na rua (em uma das noites as apresentações foram do lado de fora do Dragão do Mar) queixando-se à produção dos palavrões ditos pelos atores em cena. Isto porque os ditos palavrões não chegavam aos pés dos que listei no último post.
Como jurada não pude usar minha câmera para registros, meu registro era outro, mas para ver fotos e saber mais sobre tudo que aconteceu vejam o blog do festival:
http://fectacta.blogspot.com/
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A PREMIAÇÃO
Como disse anteriormente, não acredito nos títulos "melhor isso ou aquilo" logo...uma premiação é bem vinda pela celebração. Entreguei dois prêmios: melhor texto original
e prêmio especial ao escritor Fernando Lyra, que tive o prazer de conhecer. Seu livro no momento é um dos meus livros de cabeceira, juntamente com o do Victor Augusto.
O grande prêmio é realizar um bom trabalho. Para encerrar o momento premiação, os responsáveis por este acontecimento no palco.
e para fechar com chave de ouro, dança, música...
ganhei a camiseta que tanto queria (obrigada Walden) do Afoxé Oxum Odolá
Raíssa mostrando a que veio
e nem só de cuzcuz, café e coco vive Garajal
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BASTIDORES
Definitivamente meu olhar de turista não foi treinado para paisagens, arquitetura, história...gosto mesmo de gente. Qualquer lugar do mundo, em qualquer galáxia distante, se o ET for simpático, pronto! eu digo ao povo que fico.
Ainda não encontrei um lugar que eu não me sentisse em casa, até de Curitiba, que tem fama de inóspita, só tenho boas recordações. Mas voltando à Fortaleza...que delícia de povo.
O que dizer de uma gente que manda "um xero" para você? Não é um beijo, é mais, muito mais. Porque o cheiro fica gravado, vira lembrança, se torna presente. O "xero" pode ser materializado.
Todo este prólogo para revelar algumas pessoas que farão o festival ser lembrando com muito, mas muito carinho
a noite de abertura da mostra foi também o aniversário de seu Antônio (minha ligação com esse nome data do dia do meu nascimento, nasci no dia de Santo Antonio) um querido, que foi nosso condutor nos dias de Fortaleza. Ele, nosso guia. Ele que nos presenteou com a macaxeira da terra, quando nenhum estabelecimento foi capaz. Acompanhado sempre, é claro, de "meu bem" a doce Lucimar que tentou nos presentear no decorrer de todo o evento.
Ao casal, muito obrigada!!!!! Mais carinho, só adotando!!!! (rsss)
ao lado do casal, nosso querido Flavito, só para não fugir à regra ; )
E tive que sair de Sampa, para conhecer o casal paulista Mari e Dani, companheiros de bastidores neste festival, e como disse anteriormente, para não fugir à regra, aí está Flavito na foto do casal.Se ele não fosse pernambucando, diria que era o cearense macho que Mari tanto desejou : )
Parceiros também das idas e vindas de kombi, foram eles, os pernambucanos queridos Flavio, Flavito (não mais entre casais) e Lug, que aprenderam o "nooooooossaaaaaaaaaaaa!!!!" paulistano e deixaram o "oxi, oxi, oxi" na nossa bagagem. Eles levaram também o nosso Almeida para Pernambunco...em breve a paulistada por lá. E na foto também Negrão, que do apelido não tem nada, paulista radicado em Fortaleza graças à Déia, comigo na foto abaixo
O casal que nos brindou com água de coco à beira mar na última noite, e com um almoço com direito à suco de sapoti. Déia foi responsável pela atualização do blog do festival. Na foto, as duas aos pés de Iracema. Última noite em Fortaleza. OBRIGADA!!!
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CAPÍTULO À PARTE: GARAJAL
- Jhaíra, a gente te pega amanhã de manhã...
- Nem pensar!!! Amanhã eu preciso dormir, mesmo porque a mostra começa e quero estar bem acordada.
- Mas você precisa ver o "rápido"
- O que é isso?
- A cena do Garajal. É maravilhosa! E nem precisa acordar cedo, porque eles encerrarão o encontro de amanhã.
- ah! tá. sendo assim...
E foi assim que o Sr. Almeida e cia. limitada me convenceram a voltar ao Sebrae na manhã seguinte, apenas para ver o Garajal. Aqui apenas um trecho, mas para felicidade geral da nação eles se apresentaram na festa de encerramento.
A música "a valsa dos namorados" virou o hit dos bastidores, claro que com uma nova versão, ou várias outras ; )
Ainda bem que a surpresa foi boa, porque naquela manhã, pela janela do meu flat, a imagem era essa
Na noite de pausa da mostra, fomos então à sede do grupo acompanhar o ensaio de "Romeu e Julieta" na versão cearense, com uma linda adaptação do texto feita por Victor Augusto do grupo Pavilhão da Magnólia.
depois a galera nos colocou na rua para dançar coco
e sacudir o rabo
depois do ensaio, um bate papo, e como não poderia deixar de ser, com comida: cafezinho para acompanhar o cuzcuz, que faz parte da história do grupo. Maninho, um dos diretores, faz as honras da casa
E a conversa é basicamente sobre a língua, como a adaptamos
Vida longa ao Garajal e suas escolhas artísticas!!!
E no próximo post, nosso encontro de dramaturgia na terra do sol que levanta cedo e só de raiva nos fez levantar também!
Na terra do Patativa do Assaré.
: )
Começando pela saída, ainda em São Paulo. Aeroporto de Congonhas. Observem a cara de cansaço no rosto do ser humano e o cabelo naturalmente desgrenhado.
Chego às 3 da manhã no hotel e sou acordada às 7 e alguma coisa, da seguinte forma:
Telefone toca, toca, toca....
Jhaíra (eu) levanta atordoada, tenta encontrar a saída do quarto, mas se depara com uma porta na frente. Tem um lampejo de consciência, algo lhe diz que se abrir os olhos ficará tudo mais fácil. Ela o faz.
Depois de alguns tropeços, atender a luminária e em seguida o telefone, ouve a voz do outro lado da linha:
- Bom dia, seja bem vinda à Fortaleza!!!
Acostumada a acordar de muito bom humor, como se as baterias da Mangueira, Portela e Gaviões tocassem para ela acordar "diga espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu?", se deu conta que nenhuma dessas escolas tocava naquela manhã. Na verdade só desejava dormir mais um pouco. A voz do outro lado da linha continua:
- Você vai participar do cortejo?
- Claro! Quero muito ver a abertura. - ela responde.
- Passaremos aí para pega-la às 8.
- Da noite?
- Não!!!! Da manhã!!!! Estaremos aí daqui a pouco!!!!!!!!!!!!
tum tum tum tum
Note que cada exclamação representa o nível crescente de energia do meu interlocutor.
- Tá então, né. (pensando em voz alta. Tem o hábito de falar sozinha, mas neste caso era só pensamento mesmo)
Ah!!!!! Tudo entendido. O motivo da ligação era o Cortejo, que eu não queria perder por nada. E esse foi o meu primeiro contato com o diretor do festival, Sr. Almeida Junior, que protagonizará outras cenas desta viagem.
Abaixo a concentração do cortejo de abertura no Teatro José de Alencar.
Que presente!!!! O sol brilhava majestoso e quente!!!! Certamente!!
Sim, eu acordara. Em outro estado, praticamente outro país. É essa a sensação que tenho quanto vou de um extremo ao outro do Brasil. Um continente sob o símbolo de uma mesma bandeira que declara "ordem e progresso". Sem maiores divagações, prossigo...
Como disse, fui acordada "minutos" depois de me deitar (toda pessoa cansada tem a tendência a exagerar os fatos), portanto não tive tempo de recarregar a bateria da máquina, então colocarei aqui algo que podemos literalmente chamar de flashes do cortejo.
que melhor idéia para promover o teatro que o próprio fazer teatral? Sair às ruas apresentando os artistas que estarão no festival é um recurso simples e eficaz. Para que complicar?
O cortejo inaugura as atividades do FECTA, que além das mostras paralela e competitiva, oferece workshops (entre eles, um de dramaturgia ministrado por mim) e encontros para discutir temas pertinentes à área. Mas a noite do dia 21 é livre, então nossos anfitriões preparam uma pequena programação para os "turistas" de São Paulo e Pernambuco, aproveitando para apresentar a cidade.
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Parada no Sesc Iracema, com literatura de cordel. Adoro!!!!
Literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
para saber mais pesquise (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_Cordel)
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22.07 - manhã
I Encontro de realizadores de Festival de Esquetes
O mediador da mesa foi Fernando Lyra, conceituado escritor de Fortaleza e presença garantida nos festivais da cidade, através de seus textos. Ele traça um panorama desses festivais e sua importância para os artistas e público.
Muito interessante a explanação, e revela uma realidade bem distinta da cidade de São Paulo.
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OUTRA PARADA
Pela janela do meu Flat
A apresentação das cenas começa dia 23, logo, temos mais uma noite de turista. Antes de sair, fica o registro da noite linda. Lua cheia.
Próxima parada: Teatro José de Alencar.
A equipe do festival nos leva para assistir "Engenharia Erótica" do grupo Parque de Teatro, que tem a direção de Silvério Pereira, também ator no espetáculo.
A peça revela o universo das travestis assim como ele nos parece: com muito humor e ao mesmo tempo cruel. As cenas são construídas para levar a platéia ao riso e, sem aviso,a cena que segue esgarça a gargalhada até o completo silêncio. A realidade é mostrada sem maquiagem. Belas interpretações. Se for à Fortaleza procure, ou espere-os em sua cidade.
Aqui alguns trechos...
A arquitetura do teatro José de Alencar é um espetáculo à parte. Embora o público tenha ficado no palco, na saída pude registrar alguns detalhes, como essas cadeiras
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os vitrais da entrada revelam o colorido digno de uma cidade solar.
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23.07 - Abertura da mostra competitiva
30.07 - Ultimo dia de apresentação.
Início efetivo dos trabalhos.
Fui convidada para ministrar um workshop de dramaturgia e compor o juri da mostra competitiva (juntamente com Herê Aquino e Walden Luiz).
Meus companheiros de juri, que já participaram de outras edições do Fecta e de outros festivais de igual formato, revelam tranquilidade. Eu também, como boa atriz que sou. : )
Não é fácil estar na posição de quem analisa. É colocar a paixão de lado, em alguns momentos, e deixar prevalecer o olhar técnico. Ter clareza que estamos avaliando aquele momento, aquela apresentação. Não acredito nos títulos "melhor ator", "melhor atriz", "melhor isso ou aquilo". Vejo o interprete dialogando com suas escolhas e com o público, a partir dessa relação posso opinar. E a escolha não é pelos melhores em si, mas em relação.
Logo, aqui registro apenas as considerações gerais, uma vez que as considerações individuais foram dadas no encerramento de cada noite.
Como diria uma amiga gaúcha "fiquei de cara" com a seriedade dos artistas participantes do Fecta. Em geral, o tempo limite por cena foi respeitado; o cuidado com a parte técnica, mesmo em condições desfavoráveis foi buscado e o envolvimento foi ímpar.
As cenas revelaram que o território é dominado pelo autor, pelo texto, e nem por isso os intérpretes deixaram de imprimir sua marca e/ou personalidade à elas, muito pelo contrário. Podemos chamar também de processo colaborativo quando um ator tem domínio do seu ofício e colabora com o autor não destruindo o texto. E quando igualmente, o autor oferece ao intérprete um texto de possibilidades.
Interessante notar a pluralidade: no discurso, no gênero, na estética. O que chega ao sudeste do Ceará, em geral, são os humoristas, a comicidade. O que vi em Fortaleza foi algo muito diferente disso, e o que é melhor, não tentando ser igual aos outros. Vi um teatro vivo, onde há espaços e onde há espaços há respiro.
Foi muito bom poder respirar em Fortaleza por alguns dias. Pouco tempo para traçar um panorama fiel do fazer teatral dali, mas o suficiente para respeitar e desejar ver mais.
No que concerne à produção/organização do Fecta não tenho palavras. Até o improvável esta produção foi capaz de produzir, como por exemplo, tirar da cartola energéticos para os jurados. Cena de cinema!!!! Alice no país da maravilhas : )
(Raíssa, Sara, Deia,Luis,Almeida, Renê, Anderson, Felício, Elienai e Ivens)
PARABÉNS grupo teatral Acontece!
eles são "gente que faz...gostoso!!!" (Almeida e Felício)
Antes de encerrar é preciso falar do público. Lotação do teatro: casa cheia todos os dias. Uma platéia entusiasmada. Claro que é preciso lembrar que ela é formada em boa parte pelas "torcidas organizadas" de pais, amigos, vizinhos...Herê ratificou esse acontecimento dizendo que em geral, as salas estão cheias em qualquer dia da semana. Em todas as apresentações que fui, fora do festival, pude constatar o mesmo.
Um episódio que me chamou atenção também teve o público como protagonista. Um casal se retirou de uma das apresentações na rua (em uma das noites as apresentações foram do lado de fora do Dragão do Mar) queixando-se à produção dos palavrões ditos pelos atores em cena. Isto porque os ditos palavrões não chegavam aos pés dos que listei no último post.
Como jurada não pude usar minha câmera para registros, meu registro era outro, mas para ver fotos e saber mais sobre tudo que aconteceu vejam o blog do festival:
http://fectacta.blogspot.com/
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A PREMIAÇÃO
Como disse anteriormente, não acredito nos títulos "melhor isso ou aquilo" logo...uma premiação é bem vinda pela celebração. Entreguei dois prêmios: melhor texto original
e prêmio especial ao escritor Fernando Lyra, que tive o prazer de conhecer. Seu livro no momento é um dos meus livros de cabeceira, juntamente com o do Victor Augusto.
O grande prêmio é realizar um bom trabalho. Para encerrar o momento premiação, os responsáveis por este acontecimento no palco.
e para fechar com chave de ouro, dança, música...
ganhei a camiseta que tanto queria (obrigada Walden) do Afoxé Oxum Odolá
Raíssa mostrando a que veio
e nem só de cuzcuz, café e coco vive Garajal
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BASTIDORES
Definitivamente meu olhar de turista não foi treinado para paisagens, arquitetura, história...gosto mesmo de gente. Qualquer lugar do mundo, em qualquer galáxia distante, se o ET for simpático, pronto! eu digo ao povo que fico.
Ainda não encontrei um lugar que eu não me sentisse em casa, até de Curitiba, que tem fama de inóspita, só tenho boas recordações. Mas voltando à Fortaleza...que delícia de povo.
O que dizer de uma gente que manda "um xero" para você? Não é um beijo, é mais, muito mais. Porque o cheiro fica gravado, vira lembrança, se torna presente. O "xero" pode ser materializado.
Todo este prólogo para revelar algumas pessoas que farão o festival ser lembrando com muito, mas muito carinho
a noite de abertura da mostra foi também o aniversário de seu Antônio (minha ligação com esse nome data do dia do meu nascimento, nasci no dia de Santo Antonio) um querido, que foi nosso condutor nos dias de Fortaleza. Ele, nosso guia. Ele que nos presenteou com a macaxeira da terra, quando nenhum estabelecimento foi capaz. Acompanhado sempre, é claro, de "meu bem" a doce Lucimar que tentou nos presentear no decorrer de todo o evento.
Ao casal, muito obrigada!!!!! Mais carinho, só adotando!!!! (rsss)
ao lado do casal, nosso querido Flavito, só para não fugir à regra ; )
E tive que sair de Sampa, para conhecer o casal paulista Mari e Dani, companheiros de bastidores neste festival, e como disse anteriormente, para não fugir à regra, aí está Flavito na foto do casal.Se ele não fosse pernambucando, diria que era o cearense macho que Mari tanto desejou : )
Parceiros também das idas e vindas de kombi, foram eles, os pernambucanos queridos Flavio, Flavito (não mais entre casais) e Lug, que aprenderam o "nooooooossaaaaaaaaaaaa!!!!" paulistano e deixaram o "oxi, oxi, oxi" na nossa bagagem. Eles levaram também o nosso Almeida para Pernambunco...em breve a paulistada por lá. E na foto também Negrão, que do apelido não tem nada, paulista radicado em Fortaleza graças à Déia, comigo na foto abaixo
O casal que nos brindou com água de coco à beira mar na última noite, e com um almoço com direito à suco de sapoti. Déia foi responsável pela atualização do blog do festival. Na foto, as duas aos pés de Iracema. Última noite em Fortaleza. OBRIGADA!!!
_____________________________________________________________________________________
CAPÍTULO À PARTE: GARAJAL
- Jhaíra, a gente te pega amanhã de manhã...
- Nem pensar!!! Amanhã eu preciso dormir, mesmo porque a mostra começa e quero estar bem acordada.
- Mas você precisa ver o "rápido"
- O que é isso?
- A cena do Garajal. É maravilhosa! E nem precisa acordar cedo, porque eles encerrarão o encontro de amanhã.
- ah! tá. sendo assim...
E foi assim que o Sr. Almeida e cia. limitada me convenceram a voltar ao Sebrae na manhã seguinte, apenas para ver o Garajal. Aqui apenas um trecho, mas para felicidade geral da nação eles se apresentaram na festa de encerramento.
A música "a valsa dos namorados" virou o hit dos bastidores, claro que com uma nova versão, ou várias outras ; )
Ainda bem que a surpresa foi boa, porque naquela manhã, pela janela do meu flat, a imagem era essa
Na noite de pausa da mostra, fomos então à sede do grupo acompanhar o ensaio de "Romeu e Julieta" na versão cearense, com uma linda adaptação do texto feita por Victor Augusto do grupo Pavilhão da Magnólia.
depois a galera nos colocou na rua para dançar coco
e sacudir o rabo
depois do ensaio, um bate papo, e como não poderia deixar de ser, com comida: cafezinho para acompanhar o cuzcuz, que faz parte da história do grupo. Maninho, um dos diretores, faz as honras da casa
E a conversa é basicamente sobre a língua, como a adaptamos
Vida longa ao Garajal e suas escolhas artísticas!!!
E no próximo post, nosso encontro de dramaturgia na terra do sol que levanta cedo e só de raiva nos fez levantar também!
Na terra do Patativa do Assaré.
: )
Monday, 9 August 2010
Mês de Duna: Londres
Quem é de ar
ao ar deve voltar
vento sopra duna
duna se deixa levar.
Assim posso definir o mês de julho.
De um extremo ao outro do Atlântico.
E o mês começa em terras estrangeiras.
Primeira parada: Convent Garden.
Artista na rua não existe se não considerar como seu parceiro de cena o público. Não há virtuosismo que resista. Tem que respirar junto.
Na rua o show não é de ninguém, é como o próprio espaço, de todo mundo.
E o que fui ver por lá: rua. E na rua tinha Brasil também. Um festival inteiro dedicado à terra tupi. E a terra tupi é afro, também.
Em southbank este era o ritmo, acompanhado com caipirinha de pepino. Há certas coisas que é melhor manter a tradição. Limão e pinga, please!!!!
PAUSA ESTRATÉGICA PARA O FUTEBOL - o tal do ópio do povo
COPA 2010 (a próxima é na nossa casa)
Pui para bem longe ver o Brasil perder. Que bom que não ouvi a nação se calar, porque quando ela está distante, bem distante, ela reage no grito. Senhoras, saiam da sala, pois as cenas a seguir são fortes. As mocinhas do vídeo não estão para brincadeira. Pense em juntar as torcidas cariocas e paulistanas em um mesmo recinto. Dá nisso:
Old Street/London
Uma colega diz que fará um livro com o seguinte título: o poder libertador do impropério (ou palavrão). Em minhas pequisas, descobri que impropério são também os cânticos religiosos executados na Semana Santa, ou seja...Viva a Língua Portuguesa!
"s.m. Palavra grande e de pronúncia difícil.
Palavra obscena, grosseira, pornográfica; palavrada."
Aqui a origem de algumas das palavras grandes citadas no vídeo
Vai tomar no cu*
O tabu da homossexualidade gerou essa expressão, que significa, literalmente, mandar alguém se submeter ao sexo anal! Que bunitinho ficou essa explicação hein? Rs! A palavra ca, ce, ci, co, cú vem do termo latino culus, usado para se referir ao ânus ou ao traseiro! Ou seja, tomar algo no seu traseiro!
Old Street/London
Caralho!*
Diz-se dos mais altos mastros das caravelas. Os portugueses chamavam esses mastros de “caralho”. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original. Hoje em dia, acabou se tornando um palavrão usada como sinônimo de pênis, como interjeição de espanto ou intensificação de alguma expressão!
Abri esse parêntesis sobre o palavrão, porque no "mês duna - Fortaleza" aconteceu um fato curioso, tendo como protagonistas as "tais palavras feias".
Na comunicação com surdos, é tão importante a forma como você diz algo quanto o que é dito. O que é dito pode muitas vezes perder o sentido, mudar de sentindo, variar o sentindo, dependendo de onde, quando e com quem você se comunicada.
Estando de passagem é muito importante lembrar disso.
Ser chamado de esquisito em espanhol não é um problema.
.
*a explicação dos impropérios em itálico foram retirados do site
http://curiosidadesonline.wordpress.com/2009/01/31/curiosidade-origem-dos-palavroes/
tal e qual lá estão.
.
VOLTANDO AO ESPETÁCULO...
Sendo na rua ou não, temos que considerar o futebol como algo mais do que um simples esporte.
Futebol é celebração, é catártico, é o espetáculo das multidões. Gostando ou não, você deve admitir que é pura arte. Tem que ter disciplina, técnica, domínio e ele fica lindo mesmo quando acrescenta-se mais dois ingredientes, paixão e criatividade.
Não é necessário dinheiro para se destacar nos campos, é suar a camisa mesmo. Antes de vender a imagem de que jogadores são "estrelas", e é no que muitos acabam se tornando, interessante é revelar todo o caminho que é necessário percorrer. Algo que acontece nos esportes em geral.
Injusto responsabilizar tudo que nos dá algum tipo de prazer pelas mazelas do mundo. A desigualdade existe não pelo que é socializado, mas pelo que não é.
Viva o espetáculo de rua, viva o futebol.
Dia do primeiro jogo do Brasil na Copa
Pedreira/Periferia-SP
ao ar deve voltar
vento sopra duna
duna se deixa levar.
Assim posso definir o mês de julho.
De um extremo ao outro do Atlântico.
E o mês começa em terras estrangeiras.
Primeira parada: Convent Garden.
Artista na rua não existe se não considerar como seu parceiro de cena o público. Não há virtuosismo que resista. Tem que respirar junto.
Na rua o show não é de ninguém, é como o próprio espaço, de todo mundo.
E o que fui ver por lá: rua. E na rua tinha Brasil também. Um festival inteiro dedicado à terra tupi. E a terra tupi é afro, também.
Em southbank este era o ritmo, acompanhado com caipirinha de pepino. Há certas coisas que é melhor manter a tradição. Limão e pinga, please!!!!
PAUSA ESTRATÉGICA PARA O FUTEBOL - o tal do ópio do povo
COPA 2010 (a próxima é na nossa casa)
Pui para bem longe ver o Brasil perder. Que bom que não ouvi a nação se calar, porque quando ela está distante, bem distante, ela reage no grito. Senhoras, saiam da sala, pois as cenas a seguir são fortes. As mocinhas do vídeo não estão para brincadeira. Pense em juntar as torcidas cariocas e paulistanas em um mesmo recinto. Dá nisso:
Old Street/London
Uma colega diz que fará um livro com o seguinte título: o poder libertador do impropério (ou palavrão). Em minhas pequisas, descobri que impropério são também os cânticos religiosos executados na Semana Santa, ou seja...Viva a Língua Portuguesa!
"s.m. Palavra grande e de pronúncia difícil.
Palavra obscena, grosseira, pornográfica; palavrada."
Aqui a origem de algumas das palavras grandes citadas no vídeo
Vai tomar no cu*
O tabu da homossexualidade gerou essa expressão, que significa, literalmente, mandar alguém se submeter ao sexo anal! Que bunitinho ficou essa explicação hein? Rs! A palavra ca, ce, ci, co, cú vem do termo latino culus, usado para se referir ao ânus ou ao traseiro! Ou seja, tomar algo no seu traseiro!
Old Street/London
Caralho!*
Diz-se dos mais altos mastros das caravelas. Os portugueses chamavam esses mastros de “caralho”. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original. Hoje em dia, acabou se tornando um palavrão usada como sinônimo de pênis, como interjeição de espanto ou intensificação de alguma expressão!
Abri esse parêntesis sobre o palavrão, porque no "mês duna - Fortaleza" aconteceu um fato curioso, tendo como protagonistas as "tais palavras feias".
Na comunicação com surdos, é tão importante a forma como você diz algo quanto o que é dito. O que é dito pode muitas vezes perder o sentido, mudar de sentindo, variar o sentindo, dependendo de onde, quando e com quem você se comunicada.
Estando de passagem é muito importante lembrar disso.
Ser chamado de esquisito em espanhol não é um problema.
.
*a explicação dos impropérios em itálico foram retirados do site
http://curiosidadesonline.wordpress.com/2009/01/31/curiosidade-origem-dos-palavroes/
tal e qual lá estão.
.
VOLTANDO AO ESPETÁCULO...
Sendo na rua ou não, temos que considerar o futebol como algo mais do que um simples esporte.
Futebol é celebração, é catártico, é o espetáculo das multidões. Gostando ou não, você deve admitir que é pura arte. Tem que ter disciplina, técnica, domínio e ele fica lindo mesmo quando acrescenta-se mais dois ingredientes, paixão e criatividade.
Não é necessário dinheiro para se destacar nos campos, é suar a camisa mesmo. Antes de vender a imagem de que jogadores são "estrelas", e é no que muitos acabam se tornando, interessante é revelar todo o caminho que é necessário percorrer. Algo que acontece nos esportes em geral.
Injusto responsabilizar tudo que nos dá algum tipo de prazer pelas mazelas do mundo. A desigualdade existe não pelo que é socializado, mas pelo que não é.
Viva o espetáculo de rua, viva o futebol.
Dia do primeiro jogo do Brasil na Copa
Pedreira/Periferia-SP
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